Este percurso, situado em plena Serra do Caldeirão, começa por dar-lhe a conhecer Cabanas e Lajes, duas pequenas povoações típicas. Retenha o olhar na paisagem… Os montes que se sucedem no horizonte, as casas alvas, os bonecos que decoram as paredes de pedra nua, quais guerreiros protectores…À medida que Lajes vai ficando para trás a Natureza e a tranquilidade tornam-se ainda mais dominantes. A par do sobreiro, a esteva é a planta mais representativa da flora desta região.
Na Primavera, esta espécie autóctone enfeita-se de lindas flores brancas cujas pétalas se mantém apenas durante um dia. Nas margens do caminho, entre os medronheiros, o rosmaninho, o tojo e os sobreiros, observam-se exemplares de dedaleira.
Vamos descendo e curva após curva surgem os estevais. O ar é leve e rico e encoraja-nos até ao ribeiro.
Estevas floridas cobrem a serraNo final da descida atinge-se o vale do Barranco das Lajes. A galeria ripícola deste pequeno curso de água é composta por silvas, canaviais e fetos, entre outras plantas características de locais húmidos.
As encostas ao redor do barranco estão cobertas por um denso sobreiral. O vale do Barranco das Lajes é um local privilegiado para a observação da avifauna.
Junto das hortas e parcelas cultivadas está o Poço do Ribeirinho, preciosa construção em pedra. Aí encontra uma placa interpretativa. Depois de visitar o Poço, deixe-se guiar pela vereda com degraus de pedra, até ao local mais alto do percurso – o Cerro da Ursa.
Pequenino mas muito bonito, encanta quem lá chega e guarda velhos costumes e saberes como a arte de fazer canastras e cestos. Aqui o horizonte amplia-se revelando o céu imenso e uma profusão de vales e montes que desfilam, serenos, ao encontro das águas azuis do mar.